Desde 1972, o mundo tem feito um esforço para que a pauta “meio ambiente” seja vista sob a ótica da responsabilidade social. Naquele ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o 5 de junho como o Dia Mundial do Meio Ambiente – uma espécie de alerta para a preservação dos recursos naturais e da resolução dos problemas ambientais.
Há 30 anos, a Fundação Proamb tem feito dessa pauta a razão de sua existência e mais: transportado essa máxima para o universo corporativo. Isso significa trazer soluções em gestão ambiental para, ao mesmo tempo, preservar recursos e impulsionar o desenvolvimento dos negócios.
Através delas, entre outros benefícios, a Proamb auxilia as empresas a se tornarem mais sustentáveis, insere-as na economia circular e faz da legislação ambiental uma aliada no desenvolvimento. E, claro, minimiza os impactos ambientais e compartilha, ainda, diversas práticas responsáveis sobre o tema.
A sustentabilidade empresarial é um tema perseguido por gestores que entendem essa como sendo a forma mais indicada para a eficiência produtiva e consequente aumento de receita. Em fevereiro de 2020, a Autoneum, gigante mundial no desenvolvimento de componentes para o conforto acústico e térmico da indústria automotiva, deu mais um passo em sua política de sustentabilidade. Seus resíduos passaram a ser levados, pela Proamb, ao coprocessamento.
Com a técnica, a empresa sediada em Gravataí reduziu em até 20% os custos de transporte e de destino de resíduos (antes eles eram enviados para um aterro controlado). Esse procedimento ilustra bem o conceito de economia circular. Ao reintroduzir um material já utilizado novamente na cadeia produtiva – no caso, resíduos com poder calorífico se transformam em combustível para a queima em fornos de cimenteira –, a técnica oportuniza um novo aproveitamento para um produto que iria para o descarte, gerando receita e ainda eliminando totalmente o impacto ambiental.
Esse conceito é um contraponto ao modelo atual. Na economia linear, um produto é feito a partir da matéria-prima para ser utilizado e depois descartado. Basicamente, o que a economia circular preconiza é que o produto não chegue ao estágio de ser “jogado fora” – e sim que ele retorne ao ciclo produtivo, como se fosse uma espécie de nova matéria-prima. “A economia circular está bastante presente na nossa atividade, e já estamos vendo muitas oportunidades surgindo, inclusive trabalhando com outros tipos de resíduos, mais comuns às pessoas e não apenas às empresas”, diz o engenheiro Diego Tarragó, da área de Novos Negócios da Proamb.
Os ganhos ambientais para quem decide investir em gestão ambiental, como se percebe, são muitos – e tantos outros podem ser citados aqui, como a imagem da empresa perante a sociedade e a abertura de novos mercados. A fim de chegar a essa condição, é importante que, desde o início, os negócios estejam amparados pela legislação ambiental, criada para a preservação dos recursos naturais. É ela quem normatiza o funcionamento das empresas e prevê as sanções para quem incorre em atos de infração contra o meio ambiente.
Para a advogada especialista em Direito Ambiental Luisa Falkenberg, há como empresas e legislação caminharem num único sentido, promovendo o desenvolvimento econômico a partir do cuidado com o ambiente. O conceito ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa), por exemplo, tem ajudado a promover esse encontro. “As empresas devem, inquestionavelmente, cumprir a legislação. Para que sejam aliadas, é fundamental que as normas contemplem incentivos e não apenas penalizações. A ESG está delineando esse caminho. A adoção das melhores práticas ambientais, sociais e de governança proporcionam à empresa engajada um perfil de sustentabilidade extremamente importante para a sociedade atual”, define Luisa.
Neste sentido, é fundamental ter conhecimento técnico para ganhar agilidade nos processos de licenciamento ambiental, de modo também a não incorrer em negligência quanto ao cumprimento das leis. Essa é uma das especialidades do setor de Engenharia Ambiental da Proamb, que assegura tranquilidade e segurança para a empresa operar focada em sua atividade fim.
A engenheira química da Proamb, Kátia Carlise Birck, destaca como esse serviço é capaz de gerar retornos para as empresas, minimizando os impactos ambientais da atuação industrial. “Há controle sobre os riscos regulatórios e, consequentemente, prevenção de multas, o que impacta no resultado da empresa. Além disso, há economia de tempo para interpretação e elaboração a respostas necessárias, bem como na realização de plano de ação quando de alguma ocorrência. Ter nossa consultoria permite ao cliente a manutenção de uma equipe enxuta voltada ao meio ambiente, sem ele se preocupar em investir numa equipe multidisciplinar”, enumera Kátia.
Práticas como essas têm ainda um valor imensurável para a vida em sociedade. A partir delas, além de todos benefícios para os negócios, há a disseminação de uma cultura voltada ao cuidado, respeito e zelo do meio ambiente. A conscientização para a adoção de costumes ambientalmente corretos estimula a adesão de outros entes da sociedade para esse ciclo.
Dessa forma, é possível colocar em prática ações necessárias para que o Brasil alcance patamares internacionais de responsabilidade ambiental. O engenheiro de produção Márcio André Kronbauer, da Proamb, cita práticas que precisam ganhar escala no país, a começar pelo desenvolvimento sustentável. “A partir da sensibilização da sociedade em razão do uso irracional dos recursos naturais e dos impactos ambientais gerados pela ação humana, o conceito de crescimento sustentável se coloca como uma alternativa, que promove a interdependência entre economia, meio ambiente e sociedade”, avalia o engenheiro.
Aumentar os cuidados com os recursos naturais, de modo a utilizá-los de maneira racional, contribui para o contínuo desenvolvimento econômico. Sob essa ótica, é importante que as empresas sejam estimuladas a produzirem de forma condizente com as atuais demandas ambientais da sociedade.
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